Usar máscara salva. Mas qual? Máscara descartável, máscara N95, máscara de tecido ou até mesmo uma bandana são suficientes para proteger da contaminação por COVID-19? Descubra
Os tipos de máscaras de proteção para o controle da COVID-19 voltaram a tomar os noticiários nos últimos dias. O uso de máscaras faciais é recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) desde o início da pandemia, mas, com o aumento dos casos em todo o mundo, o melhor tipo de máscara de proteção tornou-se objeto de discórdia. Alguns profissionais afirmam que as máscaras de tecido não são suficientemente eficazes para proteger contra o vírus. Outros alegam que mesmo a máscara de tecido pode fazer com que o contágio seja evitado ou que cause uma forma mais branda da doença.
No meio de toda essa discussão, a máscara descartável e a máscara N95 têm sido os tipos mais populares na opinião de alguns membros da classe médica. Mas será que os tipos de máscaras de tecido são ineficazes para proteger contra o vírus que causou uma pandemia que já dura mais de um ano?
Apesar de algum tempo atrás termos tido a (falsa) sensação de que a variação do ano de 2019 do corona vírus estava sob controle, hoje a saúde brasileira enfrenta um grande desafio para fazer a manutenção da pandemia.
E mesmo com a vacinação contra a doença batendo à nossa porta, o uso de máscaras ainda será essencial para conter o contágio. Mesmo com a vacina, usar as máscaras e praticar o máximo de isolamento e distanciamento social possível são atitudes essenciais para o enfrentamento da pandemia e possível neutralização do vírus em termos sociais.
Por isso a melhor maneira de protegermos a nós mesmos e a todos aqueles que estão ao nosso redor é continuar com nossas máscaras e escolher a melhor. Entenda a diferença entre os tipos mais usados de máscaras no Brasil.
Máscara de tecido: a quem se pergunta se a máscara de algodão protege, segundo artigo publicado no The Journal of Family Practice (Diário de Medicina Familiar, em tradução livre), as máscaras com uma camada única de tecido têm a capacidade de filtrar apenas 1% das partículas. Uma máscara de algodão de duas camadas filtra cerca de 35% das pequenas partículas e pode oferecer proteção pessoal ao usuário. As máscaras faciais de algodão podem diminuir a pulverização de gotículas de 2,5 m para 0,6m de distância, o que reduz a quantidade de partículas potencialmente contendo vírus que você libera no ar (se você estivesse infectado e não soubesse). A máscara de tecido evita a proliferação do vírus, mas não protege tão bem quem a está utilizando, pois não tem capacidade de filtragem das partículas menores, como os aerossóis. Deve ser trocada entre duas a quatro horas.
Máscara cirúrgica: a máscara cirúrgica tem tripla camada de proteção e pode filtrar até 60% das partículas menores expelidas por quem fala, tosse ou espirra, mas sua abertura lateral faz com que a eficácia seja reduzida. Deve ser trocada a cada duas horas.
Máscaras respiratórias, como a N95: a máscara de proteção para COVID do tipo N95 é a mais eficiente para proteger quem está usando de ser contaminado e para evitar que a pessoa que a utiliza contamine outras pessoas, além de poder ser usada por até oito horas sem troca. Outras máscaras respiratórias, popularmente usadas como EPI em empresas e hospitais também são eficientes, como a N99, a N100 e a R95.
Bandana: especialmente no início da pandemia, quando muita gente ainda nem havia comprado seu kit básico de máscaras para o dia-a-dia, era comum ver pessoas usando bandanas para proteção pessoal. Hoje muitos ainda usam as bandanas como forma de se proteger sem perder o estilo. Mas a verdade é que a eficácia dos lenços como maneira de evitar a proliferação e o contágio pelo vírus Sars-CoV-2 é muito pequena, portanto, é melhor manter as bandanas como acessórios de moda.
O que não fazer com a máscara de proteção
Existem alguns comportamentos de risco que diminuem a eficácia de todos os tipos de máscara, como:
- Ficar arrumando, mudando de lugar e mexendo na máscara toda hora
- Coçar o rosto com as mãos sujas, mesmo que por cima da máscara
- Jamais dividir a máscara com outra pessoa – mesmo após lavada
- Máscaras descartáveis não têm esse nome à toa, elas realmente funcionam apenas uma vez e depois disso devem ser descartadas ou perdem sua eficácia
- É preciso trocar a máscara a cada duas horas
- A máscara deve cobrir nariz e boca, máscara embaixo do nariz é como não usar máscara alguma. A máscara também não tem eficácia na testa ou no queixo.
Enquanto a vacinação em massa não começa e possamos alcançar o que chamamos de imunidade de rebanho, usar a máscara salva e uma máscara – seja qual for – é sempre melhor do que máscara nenhuma, portanto, mantenha seu estoque em dia, proteja a si e a todos que estão ao seu redor.