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Pé torto congênito: tratamento e causas

Existem causas diversas para o pé torto congênito unilateral e bilateral – mas ambos têm tratamento e podem ser corrigidos

O pé torto é uma condição de nascença em que um (pé torto congênito unilateral) ou ambos os pés (pé torto congênito bilateral) são virados para dentro ou para trás. Isso pode fazer com que o pé e a perna afetados sejam menores em tamanho em comparação com o outro – quando acontece em apenas um pé.

Segundo informações da Mayo Clinic, um dos centros de saúde mais prestigiados do mundo, no pé torto congênito os tendões – tecidos que conectam os músculos ao osso, são mais curtos do que o normal. O pé torto é um defeito congênito bastante comum e geralmente é um problema isolado para um recém-nascido saudável. A condição pode ser leve ou severa.

A incidência aproximada de nascidos com o pé torto congênito é de um para cada 1.000 nascidos vivos e predomina no gênero masculino. O pé torto congênito bilateral acontece em 50% dos casos, segundo artigo do Dr. Daniel Augusto Carvalho Maranho e Dr. José Batista Volpo, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e publicado no periódico científico Acta Ortopédica Brasileira.

Pé torto congênito é hereditário?

Ainda não há um consenso entre a comunidade científica sobre o assunto, mas pesquisadores observam que pode existir sim uma relação entre casos anteriores e novas incidências entre pessoas do mesmo grupo familiar.

Mas, de maneira geral, o pé torto congênito tem causas idiopáticas, ou seja, desconhecidas ou aleatórias, porém, alguns fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento do feto com pé torto congênito, como:

– Histórico familiar;

– Condições congênitas, pois pode estar associado a outras anormalidades do esqueleto presentes no nascimento, como espinha bífida;

– Tabagismo, que pode aumentar o risco de formação do feto com o pé torto;

– Falta ou perda de líquido amniótico durante a gestação.

Pé torto congênito: tratamentos

Antes de qualquer coisa é preciso dizer que o pé torto congênito tem tratamento, sim e que crianças que nascem com essa condição podem levar uma vida totalmente normal após a correção do pé ou dos pés.

Os protocolos de tratamento para o pé torto congênito evoluíram muito ao longo dos anos e são definidos de acordo com o grau de severidade da condição, ou seja, quão torto é o pé.

Dentre os tratamentos mais comuns estão:

– Fisioterapia

– Cirurgia corretora

– Órtese

– Correção anatômica por imobilização com gesso

O objetivo do tratamento é obter um pé plantígrado, funcional e indolor, de acordo com o artigo Pé Torto Congênito, dos autores Dra. Maria Henriqueta Rennó Merllotti, Dra. Susana Dos Reis Braga e Dr. Cláudio Santili, publicado na Revista Brasileira de Ortopedia.

A órtese para o pé torto congênito costuma ser utilizada por alguns anos pela criança, muitas vezes após o procedimento cirúrgico – quando necessário.

Consequências do pé torto congênito sem tratamento

· Artrite;

· Incapacidade de andar normalmente;

· Problemas decorrentes de ajustes de caminhada. Os ajustes de marcha podem impedir o crescimento natural dos músculos da panturrilha, causar grandes feridas ou calosidades no pé e resultar em uma marcha desajeitada.

O pé torto congênito é facilmente diagnosticado assim que a criança nasce, pois na maioria dos casos é bastante visível. Em alguns casos o pé torto já aparece nas ultrassonografias feitas pela mãe ainda durante a gestação do bebê.

É importante ressaltar que o tratamento do pé torto congênito deve ser iniciado o quanto antes para ter mais chances de sucesso, porque os ossos, músculos e tendões de bebês são mais maleáveis e, portanto, mais facilmente corrigíveis.

Apoio aos pais e familiares de crianças com pé torto congênito

Existem associações e grupos de pais e famílias com crianças que nasceram com o pé torto congênito. Esses grupos oferecem não apenas suporte emocional, mas também um intercâmbio de informações, experiências e dicas.

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